O lagarto teiú é um visitante constante de casas onde há galinhas e outras aves. Grande e forte, pode atingir cerca de 1,5m de comprimento cabeça-cauda, além de possuir dentes finos e pontiagudos, que tornam a mordida ainda mais potente. Alimenta-se de ovos, pequenos mamíferos, aves e até mesmo outros répteis.
| Salvator merianae adulto (Squamata, Teiidae) Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul. |
| Salvator merianae jovem adulto (Squamata, Teiidae) Mato Castelhano, Rio Grande do Sul. |
| Salvator merianae (Squamata, Teiidae) alimentando-se de um Rupornis magnirostris (Accipitriformes, Accipitridae) Ipiranga do Sul, Rio Grande do Sul. |
Apesar da aparência, só se torna agressivo quando ameaçado e não tiver para onde fugir. Do contrário, simplesmente sairá correndo em disparada para longe do perigo. Quando em posição de defesa, utiliza-se das patas para erguer a barriga do chão e inicia um balanço corporal junto de um som gutural feito na garganta, procurando espantar o agressor. Poderá tentar investidas de mordidas, mas, na primeira oportunidade, fugirá correndo.
Como outra tática de defesa, comum a todos os lagartos, há a autotomia da cauda, ou seja, por vontade própria, ela se parte em um ponto específico graças a um músculo especializado, rompendo todos os ligamentos entre ossos e nervos. O pedaço que fica para trás acumula uma carga de energia suficiente para que fique se contorcendo no chão, distraindo o predador enquanto o lagarto foge. Apesar do sangramento, esta técnica vale a pena. Alguns meses depois, um novo pedaço de cauda é formado, mais fino e deformando, sem ossos, os quais são substituídos por tecido cartilaginoso que dará a sustentação do novo membro. Esta cartilagem não poderá mais ser quebrada: ou seja, quando ele necessitar utilizar desta tática novamente, deverá parti-la em outra região óssea.
Como outra tática de defesa, comum a todos os lagartos, há a autotomia da cauda, ou seja, por vontade própria, ela se parte em um ponto específico graças a um músculo especializado, rompendo todos os ligamentos entre ossos e nervos. O pedaço que fica para trás acumula uma carga de energia suficiente para que fique se contorcendo no chão, distraindo o predador enquanto o lagarto foge. Apesar do sangramento, esta técnica vale a pena. Alguns meses depois, um novo pedaço de cauda é formado, mais fino e deformando, sem ossos, os quais são substituídos por tecido cartilaginoso que dará a sustentação do novo membro. Esta cartilagem não poderá mais ser quebrada: ou seja, quando ele necessitar utilizar desta tática novamente, deverá parti-la em outra região óssea.
| Salvator merianae jovem em posição de defesa (Squamata, Teiidae) Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul. |
Os filhotes são magníficos, de um colorido muito belo. Entre poá e listras, as cores branca, preta, marrom, amarelo e verde se misturam, fornecendo uma boa camuflagem para o filhote se esconder de possíveis predadores (aves rapinantes e serpentes). Devido a estas características, muitas pessoas decidem tentar criar (às vezes, ilegalmente) este lagarto como animal de estimação, muitas vezes sem saber que trata-se de um filhote que atingirá grandes proporções corporais. Assim, quando o mesmo cresce, acabam por largá-lo de volta a natureza. Dois erros acontecem aqui: soltar num ambiente hostil um animal cativo, que já perdeu todo o instinto e não sabe se defender ou caçar; e soltá-lo em um local onde não é seu nicho ecológico, de modo que pode acontecer um desequilíbrio na área (muito predador, pouca caça, todos passam fome).
Sempre penso que se você ama um animal, não importa a espécie, deixe-o livre. Ele será muito mais feliz em seu ambiente natural do que dentro de uma caixa de vidro ou gaiola, sem poder sair, só para garantir a "felicidade" de um humano.
O filhote das fotos havia adentrado uma loja e eu o resgatei. Após os registros fotográficos, voltei ao local e soltei-o em uma mata próxima, de onde, muito provavelmente, ele havia vindo, para que não se distanciasse muito do seu nicho ecológico.
| Salvator merianae filhote (Squamata, Teiidae) Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul. |
| Salvator merianae filhote (Squamata, Teiidae) Getúlio Vargas, Rio Grande do Sul. |
Eles são magníficos mesmo Amanda,acabo de ver um filhotinho,aprecia-los na natureza livres do bicho homem,não tem preço!!
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