Macho degustando de coquinhos. Data: 03/07/2016. |
O bugio é um primata de porte médio, atingindo de 4 a 7 kg, e que apresenta alto dimorfismo sexual. Os machos são de tom arruivado, com uma grande barba. As fêmeas são de cor castanho-escura, no entanto, fêmeas mais velhas podem assumir um tom acobreado. Sinônimo de Alouatta clamitans, que, na verdade, é atualmente considerado subespécie de Alouatta guariba.
Casal adulto (macho à esquerda e fêmea à direita). Data: 03/07/2016. |
A espécie compõe bandos de um macho e diversas fêmeas, em relacionamento poligâmico. Cada bando tem seu território, o qual defende avidamente. Uma característica interessante destes animais é o osso hióide localizado no pescoço, logo à frente da traqueia. Este osso não se conecta com o esqueleto e é oco, funcionando como um amplificador de voz. Desta forma, o som do bugio (chamado de "ronco") pode ser ouvido há uma grande distância. O ronco é utilizado para comunicação entre membros do bando, para atrair fêmeas e para disputar por território e por fêmeas.
Atingem a maturidade sexual em torno dos quatro ou cinco anos de idade. A fêmea dá à luz a um filhote por vez, raramente nascendo gêmeos. Ao nascer, o filhote agarra-se ao ventre da mãe, onde fica durante alguns meses, nutrindo-se apenas do leite materno. Após, ele passa a agarrar-se nas costas da mãe, e começa a ingerir o que ela come: folhas, alguns invertebrados e frutos. O período reprodutivo é nos meses de inverno e há um intervalo de cerca de dois anos entre uma gestação e outra.
Atingem a maturidade sexual em torno dos quatro ou cinco anos de idade. A fêmea dá à luz a um filhote por vez, raramente nascendo gêmeos. Ao nascer, o filhote agarra-se ao ventre da mãe, onde fica durante alguns meses, nutrindo-se apenas do leite materno. Após, ele passa a agarrar-se nas costas da mãe, e começa a ingerir o que ela come: folhas, alguns invertebrados e frutos. O período reprodutivo é nos meses de inverno e há um intervalo de cerca de dois anos entre uma gestação e outra.
Mãe com filhote muito jovem agarrado ao seu ventre. Data: 02/07/2016. |
Mãe com filhote já mais velho agarrado ao seu dorso. Data: 02/07/2016. |
Filhote já independente. Data: 03/07/2016. |
Macho comendo coquinhos.
Data: 03/07/2016.
Esta espécie está intimamente ligada com a Mata Atlântica, ocorrendo em áreas bem preservadas desde o centro do Rio Grande do Sul até a Bahia. Em alguns pontos de Porto Alegre, pode aparecer também em zonas urbanas, onde sofre grandes ameaças. Os animais podem ser eletrocutados em fios telefônicos, serem atacados por cães e também por moradores, sofrerem com o tráfico de animais silvestres, com a ingestão de objetos ou de comidas envenenadas e especialmente com atropelamentos nas rodovias, quando são obrigados a caminhar pelo solo para ir de um fragmento de floresta até o outro.
A espécie é considerada não-ameaçada no mundo (IUCN, 2017), porém, está em categoria vulnerável no Rio Grande do Sul (FZB, 2014).
Macho sob fios de alta tensão em zona urbana de POA-RS. Data: 03/07/2016. |
FEBRE AMARELA
É importantíssimo salientar que os macacos são uma das principais vítimas da febre amarela e que NÃO SÃO RESPONSÁVEIS PELA TRANSMISSÃO DA DOENÇA. A febre amarela é causada pelo vírus Flavivirus febricis transmitido por um mosquito infectado, especialmente os do gênero Haemagogus spp e Sabethes spp, mas também sendo transmitido pelo Aedes aegypti. Este vírus tem origem Africana, e não afeta de modo tão avassalador os primatas africanos. No entanto, os primatas das Américas não evoluíram em contato com este vírus, de modo que não apresentam nenhuma defesa imunológica contra ele, o que resulta na morte do indivíduo e na dizimação de populações inteiras.
Os primeiros a sofrerem com esta doença são os primatas, que apresentam, entre outros, sintomas de apatia e falta e apetite, seguido de morte. O surgimento de primatas mortos pela doença, é o primeiro e mais importante alerta sobre o início da infestação do vírus, porém, em surtos de febre amarela, é comum a população desinformada sacrificar estes animais por achar que estes são transmissores, resultando em mais uma grande ameaça e perda para a biodiversidade e conservação da espécie.
Ajude a lutar contra mais esta doença transmitida por mosquitos! Não mantenha reservatórios de água em casa ou entulhos! Cobre de sua prefeitura maior vigilância sanitária e maior fiscalização em pontos prováveis de reprodução de mosquitos! Seja você a diferença!
Autor: desconhecido (essa arte é sua? Me informe!). |
Saiba mais sobre o Projeto Macacos Urbanos, que atua em
Porto Alegre para a preservação da espécie!
Fontes:
Dr. Drauzio Varella. 2017. Febre Amarela. Disponível em: <https://drauziovarella.com.br/doencas-e-sintomas/febre-amarela/> Acesso em: 31/05/2017.
FZB. 2014. Lista das espécies da fauna silvestre ameaçadas de extinção no Rio Grande do Sul por categoria de ameaça. Disponível em: <http://www.fzb.rs.gov.br/upload/1396361250_lista_categoria.pdf> Acesso em: 31/05/2017.
ICMBIO. Mamíferos - Alouatta guariba guariba - bugio marrom. Disponível em: <http://www.icmbio.gov.br/portal/faunabrasileira/estado-de-conservacao/7182-mamiferos-alouatta-guariba-guariba-bugio-marrom> Acesso em: 31/05/2017.
IUCN. 2017. Alouatta guariba. Disponível em: <http://www.iucnredlist.org/details/39916/0> Acesso em: 31/05/2017.
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