Tetragonisca angustula (Latreille, 1811) - Abelha-jataí


Colmeia de jataís
Data: 23/12/2012, Local: Getúlio Vargas, RS.

    A jataí (Tetragonisca angustula) ocorre em todo o país, desde o Rio Grande do Sul chegando até o México. É uma abelha diminuta, sem ferrão, de coloração amarelo-alaranjada com tórax cinza-esverdeado. A colônia constrói suas colmeias em ocos, deixando amostra apenas um tubo amarelado feito de cera fina com alguns furos, por onde entram e saem, podendo atingir até 5.000 indivíduos. Como as outras abelhas, a rainha, as soldado e as operárias são sempre fêmeas. A rainha é responsável pela reprodução da colônia e está constantemente pondo ovos. As soldados realizam a defesa, e postam-se próximas a abertura da colmeia para garantir melhor proteção contra insetos invasores. As operárias fabricam o mel e cuidam das larvas, também sendo elas as que observamos nas flores em busca de néctar. Os zangões são os únicos machos, cuja função é apenas reprodutiva. 

      Não são agressivas, o que as torna uma das espécies mais fáceis de se criar em meliponários. A espécie consegue se adaptar bem a vários ambientes, desde florestais até urbanos. O mel é saboroso e suav,e com poderes anti-inflamatórios, mas produzido em baixa quantidade.

Jataí operária
Data: 08/12/2012, Local: Getúlio Vargas, RS.
      As abelhas sem ferrão são espécies nativas de abelhas da família Apidae, subafmília Meliponinae, distribuídas por todo o Brasil. São muitíssimo importantes para a polinização de muitas espécies de plantas nativas. Quando buscam por alimentação visitam uma infinidade de flores de várias espécies diferentes para coletar o néctar e acabam esbarrando no pólen ao entrarem em contato com as estruturas reprodutivas da flor. Ao passar para a flor seguinte fazem o intercâmbio de pólen entre uma e outra, fecundando as flores e permitindo a reprodução das espécies vegetais. 

    Por serem em sua maioria espécies florestais, muitas delas encontram-se ameaçadas pela perda do habitat devido ao desmatamento. Muitas também acabam contaminadas por pesticidas e outros poluentes utilizados em plantações. Além disso, a chegada da abelha-africana (Apis mellifera) para  a produção de mel no Brasil promoveu maior competição entre as espécies para a obtenção do alimento, e normalmente, por ser de grande porte, a abelha-africana acaba por dominar o território e expulsar as abelhas sem ferrão.

    Apesar de pouco conhecido, o mel das abelhas sem ferrão é muito mais diversificado que o da abelha-africana, o qual é normalmente comercializado. Existem apiários de abelhas Meliponini (meliponários) distribuídos por todo o país, os quais contribuem para a preservação das espécies e para a educação ambiental, sendo uma indústria em constante crescimento.

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